A política bonfinense está movimentada, sobretudo nos últimos dias, em função do prazo para filiações partidárias dos futuros candidatos nas eleições municipais do próximo ano. Hoje, a cidade tem pelo menos 15 pré-candidatos a prefeito. Mas, a capacidade de aglutinar apoio e os indicativos nas pesquisas internas é o que, de fato, vão definir quem serão os candidatos em 2016. Neste jogo político, para muitos, vale dizer que é pré-candidato para, na verdade, buscar ser vice em uma das chapas ou mesmo ocupar e garantir espaço visando pleitos futuros.
VEJA QUEM SÃO:
O atual prefeito Edivaldo Correia (PTN) ainda não deixou claro se será candidato à reeleição. Internamente, muitos dos seus aliados têm indicado que o mesmo não pretende se candidatar novamente. Caso não seja mesmo candidato, pode lançar o seu aliado e amigo, o atual secretário Municipal de Administração, Hélio Gondim, ou apoiar alguém determinado pelo seu grupo político.
O ex-prefeito e ex-deputado Carlos Brasileiro (PT) afirma que o chamado grupo progressista, que envolve outros partidos, é quem vai decidir quem será mesmo o candidato da corrente. Mas, pesquisas internas reforçam sua popularidade e devem concretizar sua candidatura, com apoio do governador Rui Costa (PT), no próximo ano. Além disso, Brasileiro perdeu a eleição em 2012 para o atual prefeito por uma diferença de apenas 8% e, no ano passado, obteve quase 50% dos votos do eleitorado bonfinense para deputado estadual, mesmo numa eleição proporcional.
O ex-vereador e atual chefe de gabinete da Sudesb, Gustavo Miranda (PCdoB), garante que pretende disputar o cargo de chefe do Executivo Municipal, e reforça seu grupo para o pleito de 2016. Ele foi vice na chapa de Brasileiro em 2012 e muitos adversários torcem pela candidatura de Gustavo e apostam num racha entre os eleitores do chamado Grupo Progressista. Mas, ainda não estaria descartada a união entre os grupos de Brasileiro, Gustavo e o deputado Bobô para encontrar uma saída. Uma coisa é certa: se isto ocorrer, Gustavo garante que não será novamente candidato a vice.
O PSDB tem o médico Marcos Carvalho como pré-candidato a prefeito. Ainda em busca de alianças, o novo grupo tenta ocupar espaço na política bonfinense, inclusive com filiações ao partido. Ainda pouco conhecido entre os eleitores, ele aposta na novidade. No partido, outro pré-candidato é Paulinho Cerqueira.
Bem votado na eleição para deputado federal, de 2014, Jamerson Santos (PSOL) também é pré-candidato a prefeito. O partido, no entanto, vive um dilema. Isto porque uma candidatura de Jamerson à Câmara de Vereadores poderia garantir não apenas uma representatividade do PSOL no Legislativo. Caso repetisse a votação que teve no ano passado, Jamerson poderia contribuir para eleição de outros correligionários do seu partido, elegendo mais vereadores do PSOL.
Considerado um dos vereadores mais atuantes da Câmara Municipal de Senhor do Bonfim, Reinaldo Santana, o Rê do Sindicato (PHS), tem hoje grande popularidade sobretudo na zona rural e entre os pequenos produtores, para quem vem obtendo muitas conquistas. Ele, no entanto, vem sendo lembrado como um nome para compor a chapa de Carlos Brasileiro.
O PSB tem novo grupo em Senhor do Bonfim. A legenda passou a ser comandada pelo empresárioMárcio Prisco, que vem reunindo alguns nomes importantes da política bonfinense. Entre eles está o ex-vereador José Antônio, que deixou o PCdoB e é um dos pré-candidatos a prefeito do partido, além do próprio Prisco. Caso não tenha candidatura própria, não está descartada no partido uma aliança com Brasileiro.
O Democratas também tem pré-candidatos. O vice-prefeito Renato Almeida (DEM), que rompeu com o prefeito Correia, também é lembrado no meio político. Pessoas próximas dizem que ele removeu a ideia de ser candidato, mas seu grupo não descarta ainda a possibilidade. Outro nome sempre lembrado no partido é o da ex-vereadora Regina Martins, viúva do ex-prefeito Cândido Martins, que liderou durante anos o grupo “Jacu”.
Até junho do próximo ano, quando acontecem as convenções, muito ainda há de acontecer no meio político, até a definição final sobre quem serão os candidatos a prefeito. A eleição de 2016 promete ser diferente, com as novas regras aprovadas na reforma política. Uma delas foi a proibição de doação a candidatos ou partidos por parte de empresas. Ou seja, será uma eleição com poucos recursos e a necessidade de muito convencimento.