Barroso diz que, se houver conexão, inquérito sobre explosões será anexado a investigação do 8/1

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Crime ocorreu um ano e dez meses após os ataques golpistas contra as sedes dos Três Poderes

Por Folha de S.Paulo

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, admitiu a possibilidade de o ministro Alexandre de Moraes assumir a investigação sobre as explosões desta quarta-feira (13) na praça dos Três Poderes, caso haja conexão com ataques do 8 de janeiro de 2023.

“Vou receber o inquérito. Se houver conexão com algum inquérito em curso, será distribuído por prevenção”, afirmou Barroso, ao ser questionado sobre a possibilidade de o inquérito ser anexado.

Duas explosões atingiram a praça dos Três Poderes, em Brasília, na noite desta quarta, um ano e dez meses após os ataques golpistas contra as sedes de STF, Congresso Nacional e Palácio do Planalto. O prédio do STF foi evacuado.

A Polícia Militar foi acionada, e o Batalhão de Operações Especiais, o Bope, iniciou uma varredura na região.

Além da explosão perto do STF, outra foi registrada, segundo os Bombeiros, em um carro próximo a um dos anexos da Câmara dos Deputados, também nas proximidades da sede do Judiciário.

A segurança do Palácio do Planalto foi reforçada. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) acionou um dos níveis do chamado Plano Escudo, que prevê o reforço de agentes de segurança, inclusive com militares das Forças Armadas. A Câmara suspendeu a sessão em decorrência das explosões.

Material de campanha de Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiu França do Facebook; ele é o dono de carro que explodiu na Praça dos Três Poderes – Foto: Reprodução/Tiü França no Facebook

O homem que se explodiu na praça dos Três Poderes, em Brasília, e que detonou o próprio carro a cerca de 300 metros da Esplanada dos Ministérios já foi candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina e esteve no STF em agosto.

Francisco Wanderley Luiz, 59, é chaveiro e disputou a eleição de 2020 com o nome de urna Tiü França, em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Antes de morrer, publicou uma série de mensagens sobre o ataque, misturando declarações de cunho político e religioso.

A tentativa de se eleger ao Legislativo municipal há quatro anos foi a única de Francisco. Ele gastou R$ 500 em sua campanha, com serviços contábeis, e teve 98 votos.

Em sua página no Facebook, agora removida, dizia ser empreendedor, investidor e desenvolvedor. Não constam crimes nem condenações contra ele em nenhuma instância.

Além do carro detonado, estacionado ao lado do anexo da Câmara dos Deputados, constam outros quatro no sistema de candidaturas do TSE, três deles antigos. Há, ainda, uma série de multas vencidas e pendentes, uma de recusa a teste de bafômetro, vinculadas ao item agora destruído.

Ele também declarou ter um prédio residencial de dois pavimentos em Rio do Sul.

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