De acordo com psicólogo, as pessoas se dispõem a pagar para reviver as emoções e memórias associadas ao conteúdo que lhes é familiar e querido.
Por Comunic.ativa
Lançado no último dia 20 de julho, o filme “Barbie”, dirigido por Greta Gerwig, é sucesso absoluto nos cinemas ao redor do mundo. Milhões de pessoas saíram de casa vestindo rosa para conferir a produção que traz de volta ao protagonismo a boneca da Mattel, que teve sua primeira versão lançada em 1959 e desde então tem acompanhado a infância e adolescência de muita gente.
Mas como explicar esse fenômeno? De acordo com o psicólogo, jornalista e professor do Centro Universitário UniFG, Weslley Valadares, filmes que evocam sentimentos de nostalgia podem despertar um forte senso de apego e identificação no público.
Nostalgia como reavivamento de memórias afetivas, vínculo emocional com personagens e recriação da experiência social são os conceitos que, segundo o psicólogo, explicam o sucesso e comoção do público em torno da figura da Barbie em pleno 2023.
“As pessoas podem estar dispostas a pagar para reviver uma experiência que lhes traz boas memórias da infância ou momentos especiais compartilhados com amigos e familiares. Quando um filme desperta sentimentos de nostalgia, ele cria uma conexão emocional com o público. Além disso, esse valor emocional pode aumentar o boca a boca positivo, levando mais pessoas a quererem assistir ao filme para experimentar a sensação de familiaridade e conforto que ele oferece”, explica Valadares.
O professor Weslley ressalta que a boneca se tornou, ao longo dos anos, um ícone cultural e um símbolo de inspiração para muitas pessoas. “Para algumas, ela pode representar lembranças de infância, enquanto para outras, a identificação com a personagem pode se relacionar a valores, sonhos e aspirações. Esse vínculo emocional com a personagem pode ser fortalecido quando o filme retrata a Barbie de maneira fiel ao imaginário e características que a tornaram especial para o público”, finaliza.