Bancos digitais, Pix, super apps: como a digitalização financeira impactou a população brasileira

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Novos recursos e ferramentas trazem movimento e inclusão para a economia local, diminuindo dificuldades, prazos e distâncias.

Fabíola Rocha

Divulgação

O mercado financeiro assiste a um longo e acelerado movimento de transformação digital. Nos últimos anos, viu-se uma extensa lista de recursos e soluções para simplificar processos e rotinas. A metamorfose é tanta que, por exemplo, encerrou-se no último dia 15 de janeiro o prazo para fazer e agendar transferências via DOC, dando ainda mais espaço para a expansão do Pix — lançado há apenas três anos e que já movimenta R$ 1,5 trilhão por mês, de acordo com o Banco Central.

“A chegada do Pix, além de proporcionar conveniência, trouxe à população mais segurança nas transações e uma grande capacidade de inclusão financeira. Ele permite que o público desbancarizado – pessoas sem acesso a serviços bancários convencionais – tenha acesso a prestações com o Pix Parcelado, por exemplo”, afirma Roberto Monfort, diretor da vertical de mercado financeiro da multinacional brasileira FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios. “Com a implementação da tecnologia de pagamento, muitas dessas pessoas que antes não tinham acesso a cartões de crédito e débito puderam ingressar no sistema”, continua.

A ascensão entre os brasileiros foi tanta que deixou o país na 21ª posição no Índice de Inclusão Financeira Mundial, como aponta um estudo realizado pelo Centro de Pesquisas Econômicas e Empresariais do Reino Unido.

Mesmo com os evidentes benefícios dos novos recursos, a digitalização do sistema bancário ainda encontra ressalvas entre os usuários; especialmente a população mais velha, que preza as instituições tradicionais. Mas, quando comparamos com o público mais jovem, o cenário muda. Um estudo recente do instituto Quantas e Liga Pesquisa, encomendado pelo Google, revelou que 59% dos jovens entre 25 e 34 anos, cogitam mudar seu banco principal.

“O sucesso das contas digitais, os descontos oferecidos nas transações com o Pix Parcelado e a agilidade dos Super Apps dos bancos, aplicativos que possuem várias funções em um único local por meio de uma interface própria, trazem uma série de vantagens para a população. Aos poucos, as barreiras vão cedendo entre as gerações. Por isso, devemos olhar com atenção para as novidades daqui e do mundo, pois o saldo é quase sempre positivo em todas as pontas”, finaliza Monfort.

Para quem ainda tem dúvidas sobre as vantagens da digitalização financeira, o executivo elenca, a seguir, os principais benefícios dos bancos e das ferramentas digitais. Confira:

Menos burocracia e taxas mais baixas

Os bancos digitais não cobram taxas; e quando cobram, elas costumam ser acessíveis. Como grande parte dos processos são realizados de forma digital, muitas vezes pelo próprio celular, eliminam boa parte das burocracias para abertura de contas, sem a necessidade de apresentar inúmeros documentos. Bancos digitais também têm o hábito de disponibilizar cartões de créditos sem anuidade, contas sem tarifas e transferências gratuitas — ou com custo reduzido.

Melhor experiência do usuário e mais segurança

A agilidade nas operações é uma característica dos bancos e recursos digitais, já que os clientes conseguem realizar grande parte das transações diretamente dos aplicativos. Além disso, como esse processo elimina o uso de papéis — as instituições costumam armazenar dados em nuvem —, sofrem menos riscos de roubos ou perdas, garantindo segurança.

Menos filas e serviços disponíveis à mão

De maneira geral, tanto os bancos tradicionais como os digitais oferecem serviços semelhantes. Eles podem pagar contas, enviar e transferir dinheiro, acompanhar suas contas em tempo real, entre outras coisas. No entanto, no segundo caso, os usuários têm acesso à cartela disponível diretamente do próprio aplicativo, sem a necessidade de se deslocar até a agência física, o que exclui a necessidade de enfrentar filas.

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