A ligação entre Chico Anysio e Mussum

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A História Esquecida/Facebook

Reprodução / Facebook

Na foto acima vemos o lendário Chico Anysio e Antônio Carlos Bernardes Gomes, o inesquecível Mussum dos Trapalhões. Pode ser que muitas pessoas saibam, ou pode ser que nem tantas assim, mas o Mestre Chico Anysio foi um dos responsáveis pela entrada dele no humor, como é mostrado no filme mais recente sobre sua vida.

Em 1969, o Diretor Wilton Franco, assistindo a apresentação do grupo Originais do Samba, grupo do qual Mussum fazia parte, o convidou para trabalhar na TV Excelsior, mas recusou. O amigo Manfried Santanna, Dedé Santana, foi quem o convenceu a fazer humor na televisão, e Mussum passou a integrar Os Trapalhões em 1973. Antes disso, porém, Mussum já havia trabalhado com Chico Anysio na Escolinha do Professor Raimundo.

Em sua autobiografia de 1992, o Mestre relembra Mussum: “No começo, a escolinha era uma sabatina. O professor chamava os alunos um a um e os sabatinava após mandar tirar o ponto. Foi aí que o Mussum começou esse seu modo de falar: ‘Matemátis’, ‘Aritmétis’, ‘Raiz quadrádis’. Até hoje esse linguajar do Mussum funciona nos Trapalhões. Mussum, antes, era dos Originais do Samba e, durante muito tempo, conseguiu conciliar os dois trabalhos. Até que um dia teve que optar e largou os Originais para o bem do Brasil, porque Mussum foi um dos mais engraçados comediantes do país”.

Em 1994, em depoimento á extinta Revista Amiga, da Editora Bloch, em uma reportagem especial sobre o falecimento do humorista, Chico declarou:

“O Mussum foi levado para o Humor por mim. Ele foi lançado na Escolinha do Professor Raimundo, na Tupi. Trabalhou na Record e, de volta à Tupi, ele se uniu ao Renato Aragão, onde começaram com o programa Os Trapalhões que, levado por mim, continuou a ser exibido na TV Globo. Fui o supervisor do programa ao lado de Maurício Sherman, e tudo corria bem.

Criei o Trapa Hotel, em 1990, quando morreu Zacarias. Com o pedido de férias de Renato Aragão em 1994, Dedé Santana e Mussum, temerosos com a situação, me procuraram para pedir ajuda. Eles me tinham como um Guru, um conselheiro. Cheguei a bolar um programa para os dois, o nome seria Máquina Mortífera, em que o Dedé faria o personagem do Mel Gibson e o Mussum o Denis Glover.

Mussum ficou emocionado ao ver a abertura de um show de teatro que eu também ia dirigir para Ele. Perder o Mussum não é só perder um artista, ele era para mim uma alegria constante. A nossa amizade era muito grande. Quando o Vasco perdia, ele me mandava uma coroa de flores e eu retribuía a brincadeira quando o Flamengo era derrotado.

Eu defendo uma tese: no humor ninguém é substituível. Nunca vai aparecer outro Charles Chaplim ou Oscarito. Mussum é insubstituível como comediante e como pessoa. É difícil definir uma pessoa tão boa”.

Fonte e texto: Memorial Chico Anysio

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