Projeto percorre Senhor do Bonfim e outras cidades em janeiro de 2026 e transforma o território em sala de aula viva sobre a história do cangaço
Por Blog do Eloilton Cajuhy – BEC
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O sertão não ficou para trás. Ele continua caminhando — e ensinando. Em janeiro de 2026, o interior da Bahia será palco da 1ª edição da Expedição Rota do Cangaço, uma iniciativa que propõe uma imersão profunda na história, na memória e na cultura sertaneja, conectando cinema, pesquisa acadêmica, turismo histórico e vivência comunitária.
Idealizada pelo Cangaçou – Grupo de Pesquisa e Estudos do Cangaço, a expedição transforma estradas em salas de aula, comunidades em arquivos vivos e paisagens em testemunhas de um passado que ainda ecoa no presente. O percurso integra os municípios de Senhor do Bonfim, Jaguarari, Campo Formoso e Juazeiro, passando por localidades marcadas pela presença e pelas narrativas do cangaço.
A programação tem início no dia 10 de janeiro, às 19h, com a exibição do documentário premiado “Acordo com Lampião? Só na Boca do Fuzil”, na Câmara de Vereadores de Senhor do Bonfim. A obra contextualiza conflitos, pactos e resistências envolvendo Lampião e o sertão nordestino, servindo como ponto de partida para as reflexões que guiarão a expedição.
No dia 11 de janeiro, a partir das 7h, os participantes seguem estrada afora na Expedição Rota do Cangaço, com saída de Senhor do Bonfim e passagem por Jaguarari, Abóbora, Arapuá, Fazenda Bom Despacho, Cacimba e o Museu do Vaqueiro, em Santa Rosa de Lima. Ao longo do trajeto, a proposta é ouvir o território, dialogar com moradores, observar vestígios históricos e compreender o sertão para além dos livros.
“Aqui, o território fala. A estrada ensina. E a memória anda junto com a gente”. A frase resume o espírito da iniciativa, que aposta na educação patrimonial, na valorização da cultura regional e na produção de conhecimento a partir da experiência direta com o espaço histórico.
Apoiar a Rota do Cangaço é investir em cultura, educação, economia criativa, lazer e pesquisa, fortalecendo o vínculo entre passado e presente e reafirmando o sertão como lugar de saber, identidade e resistência.
