Soltar o que não depende de você é um ato de autocuidado
Por Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

A vida passa depressa demais para ser desperdiçada em batalhas internas contra aquilo que não podemos mudar. Passam os dias, as horas, os instantes — e, muitas vezes, lá estamos nós, gastando energia com o que foge do nosso alcance: as escolhas dos outros, o tempo que não volta, os “e se…” que nunca terão resposta.
Preocupar-se em excesso é como tentar parar o vento com as mãos. Quanto mais se luta contra o inevitável, mais cansado se fica. E o pior: enquanto a mente se ocupa de possibilidades imaginárias, o agora — que é real, vivo e precioso — escorre pelos dedos.
Aceitar que nem tudo está sob controle não é sinal de fraqueza, mas de sabedoria. Quem compreende seus próprios limites aprende também a respeitar o fluxo da vida. Em vez de resistir, escolhe adaptar-se. Em vez de reclamar, escolhe agir onde realmente pode fazer diferença.
Há uma pergunta que transforma perspectivas: “Isso depende de mim?”. Se a resposta for não, talvez seja hora de soltar. Soltar a culpa, a ansiedade, a necessidade de controlar destinos e decisões que não são suas. Mas se a resposta for sim, então concentre-se nisso. Invista seu tempo, seu cuidado, seu melhor.
A vida é curta. Curta demais para ser consumida por dúvidas inúteis, mágoas prolongadas e expectativas irreais. Que seus dias sejam preenchidos por aquilo que você pode cultivar: a paz interior, a gratidão, o amor, a coragem de seguir em frente.
No fim, talvez o maior segredo de uma vida leve seja este: cuidar do que é seu, confiar no que é mistério e aproveitar, com presença, tudo aquilo que o agora lhe oferece.













