Ação policial aconteceu no Complexo do Nordeste de Amaralina, nesta sexta-feira (7). Tâmara Ferreira, de 42 anos, foi sequestrada na noite de quinta-feira (6) e libertada mais de 15 horas depois
Por g1 BA e TV Bahia

Quatro suspeitos foram mortos, um ficou ferido e outros dois foram presos após uma ação policial no Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador, nesta sexta-feira (7). Os suspeitos foram encontrados durante uma ação que visava encontrar os responsáveis pelo sequestro da nutricionista Tâmara Ferreira, mantida em cativeiro por mais de 15 horas.
A ação aconteceu especificamente no bairro de Santa Cruz, e os dois suspeitos presos se renderam aos policiais. Não há detalhes sobre o estado de saúde do ferido ou para onde ele foi levado.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), armas, carregadores e munições foram apreendidos com o grupo. Entre elas, uma espingarda calibre 12, uma pistola calibre 9 mm, uma pistola calibre ponto 40, um revólver calibre 38, um revólver calibre 357, além de celulares, mais de mil unidades de drogas sintéticas, pedras de crack, pinos de cocaína, maconha e outros objetos pessoais.
A atuação dos agentes de segurança pública começou no bairro no início da noite, com bloqueios e incursões na região.
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Tâmara Ferreira foi sequestrada na noite de quinta-feira (6), no bairro da Pituba, e levada pelos criminosos a um cativeiro. Ela foi mantida no local durante a noite, onde foi agredida e ameaçada pelos sequestradores.
Além disso, eles forçaram a nutricionista a realizar transferências bancárias. O carro e o celular da vítima também foram roubados pelos suspeitos.
Nutricionista descreveu sequestro: ‘Coronhada na cabeça’

Em entrevista à TV Bahia, Tâmara Ferreira contou que foi abordada por um homem ao parar para estacionar o carro. Ela estava na Praça Ana Lúcia Magalhães, no bairro da Pituba, onde deveria participar de um evento. O suspeito que a abordou estava escondido atrás de uma lixeira.
“Ele já veio me abordando, eu tentei sair, mas ele me empurrou para dentro do carro e aí eu tive que seguir”, disse.
Tâmara contou que, devido ao horário, ela não conseguiu fazer transferências acima de R$ 1 mil, por isso foi ameaçada pelos suspeitos. “Eles ficaram insistindo para que fizesse mais, mas eu não estava conseguindo. Acho que os cartões bloquearam todos e através da face eu também não conseguia”, conta.
Em seguida, ela foi levada para um local que parecia ser um posto de gasolina e colocada em outro carro. Os suspeitos a encaminharam para um cativeiro, em uma área de mata, onde ela foi novamente agredida, ameaçada e xingada.
“Fiquei nesse lugar a noite toda. Hoje de manhã, eles me violentaram ainda mais. Me deram coronhada na cabeça, na perna, dizendo que iam cortar meu dedo, arrancar minha unha”.
Os suspeitos ficaram com o celular da nutricionista e conseguiram fazer mais transferências pela manhã. Apesar da situação, Tâmara agradeceu por ainda estar viva. “O que importa é que eu estou viva. Levaram meu carro, meu celular, mas os bens materiais a gente conquista novamente. Graças a Deus, estou viva”, agradeceu.












