Saúde mental de jovens preocupa em Senhor do Bonfim

Por Blog do Eloilton Cajuhy – BEC

Foto: Reprodução

A saúde mental dos jovens e adolescentes de Senhor do Bonfim tem se tornado motivo de crescente preocupação entre famílias, escolas e profissionais da área. Nos últimos meses, relatos de automutilação entre adolescentes aumentaram, revelando um cenário preocupante de ansiedade, pânico e depressão — transtornos que vêm atingindo cada vez mais cedo a juventude bonfinense.

Educadores e profissionais de saúde relatam que muitos desses jovens sofrem em silêncio, sem encontrar apoio psicológico adequado. A rede pública de saúde, apesar dos esforços dos profissionais existentes, ainda não conta com número suficiente de psicólogos para atender à demanda crescente. O resultado é uma fila de espera cada vez maior, enquanto famílias tentam lidar sozinhas com situações que exigem atenção técnica e sensibilidade.

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Especialistas alertam que a automutilação não é apenas um ato isolado, mas um grito de socorro diante do sofrimento emocional. A sobrecarga de estudos, o uso excessivo das redes sociais, a falta de diálogo em casa e as pressões da vida moderna formam um conjunto de fatores que fragiliza emocionalmente os jovens, especialmente aqueles que não encontram amparo.

É urgente que o poder público amplie a oferta de atendimentos psicológicos nos postos de saúde, escolas e programas sociais, garantindo acesso gratuito e contínuo ao acompanhamento profissional. Mas o cuidado não pode vir apenas do Estado: as famílias também precisam estar mais presentes, ouvir, observar e acolher os sinais de sofrimento dos filhos.

Cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física. O silêncio pode ser perigoso, e a escuta — atenta e amorosa — pode salvar vidas.

Falar é o primeiro passo. Ouvir é o mais importante.

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