Ex-policial penal é condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato de tesoureiro do PT no Paraná

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Marcelo Arruda foi morto a tiros por Jorge Guaranho na própria festa de aniversário. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. Cabe recurso da decisão

Por Gilvana Giombelli, Mariah Colombo, Fernando Castro, g1 PR — Curitiba

Jorge Guaranho saiu preso do julgamento — Foto: Fernando Castro/g1

O ex-policial penal Jorge Guaranho foi condenado nesta quinta-feira (13) a 20 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado – motivo torpe e perigo comum – pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda.

A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. Cabe recurso da decisão.

O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Curitiba dois anos e meio após a morte de Arruda, que foi baleado em 9 de julho de 2022 por Guaranho enquanto comemorava seus 50 anos de idade com uma festa temática do presidente Lula e do PT.

A defesa de Guaranho reforçou nesta quinta (13), antes da leitura da sentença, que ele agiu em legítima defesa e que o crime não teve motivação política. Na quarta-feira (12), o agora condenado afirmou no júri que não foi à festa da vítima “nem para brigar, nem para matar”.

O júri popular foi presidido pela juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler, magistrada da Vara Privativa do Tribunal do Júri do Foro Central de Curitiba.

O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro — Foto: Reprodução

Na decisão que foi lida por volta das 14h, a juíza ressaltou que ele utilizou arma da União para cometer o crime. Ela destacou também a intolerância política que Guaranho demonstrou com as ações.

Stadler também citou a promulgação da lei estadual contra intolerância política que institui o dia 9 de julho – data do crime – como o Dia Estadual de Luta contra a Intolerância Política e de Promoção da Tolerância Democrática.

Ela afirma que antes do crime não havia necessidade de se alertar quanto a isso e considera que o caso marca essa necessidade.

A juíza determinou ainda a prisão imediata de Guaranho, que cumpria prisão domiciliar desde setembro de 2024. O Departamento de Polícia Penal do Paraná deve definir para qual presídio ele será encaminhado.

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