Estados Unidos formalizam repatriação de esmeralda encontrada em Pindobaçu avaliada em R$ 6 bilhões

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Esmeralda Bahia foi achada em 2001 e comercializada ilegalmente, segundo a Advocacia-Geral da União

Por g1 BA

Imagem de outubro de 2001 mostra a ‘Esmeralda Bahia’ — Foto: Andrew Spielberger/AP

Os Estados Unidos formalizaram a repatriação de uma esmeralda encontrada em 2001 na cidade de Pindobaçu, região de Senhor do Bonfim. A Justiça americana já tinha acatado, em novembro de 2024, um pedido do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) para que a pedra fosse devolvida ao Brasil. Ela pesa aproximadamente 380 kg, é considerada um tesouro nacional e tem valor estimado em 1 bilhão de dólares – mais de R$ 6 bilhões.

Na época em que atendeu ao pedido do TRF3, o juiz responsável pelo caso, Reggie Walton, da Corte Distrital de Columbia, determinou que o Departamento de Justiça dos EUA protocolasse a decisão final de repatriação até 6 de dezembro de 2024. A formalização, portanto, acontece quatro dias antes do prazo.

Ainda não há detalhes de quando a pedra preciosa chegará ao Brasil. A Advocacia-Geral da União afirmou que a pedra ficará exposta no Museu Nacional do Rio de Janeiro.

Entenda a briga judicial

Esmeralda Bahia — Foto: Divulgação/AGU

A pedra preciosa foi levada do Brasil sem autorização. Posteriormente, foi enviada aos EUA em 2005 com a utilização de documentos falsificados, afirmou a AGU.

Em 2017, uma decisão na Justiça Federal em Campinas, no estado de São Paulo, condenou dois acusados de enviar ilegalmente a esmeralda aos Estados Unidos, em uma ação penal que também declarou que quem estivesse em posse da pedra a devolvesse ao Brasil.

Os empresários Elson Alves Ribeiro e Ruy Saraiva Filho foram condenados pelos crimes de receptação, uso de documento falso e contrabando.

A AGU atua há quase uma década no caso, desde que fez um pedido de cooperação jurídica à Justiça dos EUA por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

A decisão pela repatriação atendeu a um pedido feito também pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que, em maio de 2022, acolheu decisão da Justiça brasileira determinando a devolução da pedra.

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