Dizer sim e voltar atrás: A facilidade do retrocesso e a dificuldade da negativa

Por Blog do Eloilton Cajuhy

Foto: Reprodução / Internet

Dizer “sim” e depois voltar atrás parece, à primeira vista, uma escolha mais fácil e menos dolorosa do que enfrentar a necessidade de dizer “não” desde o início. O “sim” é, muitas vezes, uma resposta instintiva, carregada de uma tentativa de agradar, de evitar conflitos ou de manter uma aparência de disponibilidade. No entanto, o preço desse “sim” impulsivo pode ser alto.

Quando dizemos “sim” e depois recuamos, criamos uma ilusão de compromisso que, ao ser quebrada, gera frustração e desconfiança. O ato de voltar atrás, embora aparentemente mais fácil, revela uma falta de firmeza, uma dificuldade em sustentar as próprias decisões. É como construir uma ponte apenas para depois derrubá-la — o esforço inicial é anulado, e o resultado é a decepção de ambas as partes.

Por outro lado, dizer “não” de imediato exige coragem e clareza. É uma decisão que, embora difícil, preserva a autenticidade e a integridade das relações. O “não” estabelece limites, define prioridades e protege tanto quem o diz quanto quem o recebe. É um ato de respeito que, em longo prazo, fortalece a confiança e evita o desgaste emocional.

Então, por que tantos preferem o caminho do “sim” seguido pelo recuo? Talvez pela aversão ao confronto, pelo medo de desagradar, ou pela esperança de que, com o tempo, as coisas se resolvam por si mesmas. No entanto, essa escolha muitas vezes leva a um ciclo de promessas quebradas e expectativas frustradas.

A verdadeira força está em dizer “não” quando necessário, sem medo das consequências imediatas, sabendo que essa é a maneira mais justa e honesta de lidar com as situações. A integridade das nossas palavras e decisões é o que define a solidez das nossas relações e da nossa própria identidade.

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