Familiares e amigos velam corpo de Naná Vasconcelos na Assembleia de PE

Percussionista faleceu no início da manhã por complicações de um câncer. Governo decretou luto de três dias; enterro acontece na manhã da quinta

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Naná Vasconcelos (Foto: Divulgação / Fundação Cultural de Curitiba)

Amigos e familiares do percussionista Naná Vasconcelos se encontram na Assembleia Legislativa de Pernambuco, na área central do Recife, onde velam o corpo do artista que morreu na manhã desta quarta-feira (9). Naná estava internado há 10 dias no Hospital da Unimed III e não resistiu a complicações de um câncer de pulmão. O corpo do artista chegou à sede do Poder Legislativo pouco depois das 14h30, onde era aguardado pelos entes mais próximos.

Consternadas, a viúva do percussionista, Patrícia Vasconcelos, e filha do casal, Luz Morena, se emocionaram com a chegada do caixão e recebem o carinho de pessoas ligadas à família.

“Ele partiu fazendo música no quarto do hospital nos últimos dias da vida dele. Ele vivia a música respirava a música. Todo momento que falava sobre isso se sentia melhor. Espalhou muito amor e muita música pelo mundo todo. Essa é uma perda material, mas a música vai ficar. Ele deixa humildade como lição. Respeito ao próximo”, disse a esposa Patrícia.

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Patrícia Vasconcelos e Luz Morena, esposa e filha de Naná Vasconcelos (Foto: Malu Veiga/G1)

No fim da manhã, o governador Paulo Câmara decretou luto de três dias pela morte do percussionista pernambucano Naná Vasconcelos. Além do decreto, o chefe do Executivo estadual divulgou nota falando sobre o artista.

“Pernambuco acordou triste. O silêncio causado pelo desaparecimento de Naná Vasconcelos em nada combina com a força da sua música, dos ritmos brasileiros que ele, como poucos, conseguiu levar a todos os continentes. Naná era um gênio, um autodidata que com sua percussão inventiva e contagiante conquistou as ruas, os teatros, as academias. Meus sentimentos e a minha solidariedade para com os seus familiares”, diz o texto.

A morte de Naná gerou grande repercussão entre a classe artística e política. Figuras como Lenine, Alceu Valença e Gilberto Gil, deram depoimentos sobre o legado deixado pelo pernambucano. O músico Marcelo Melo, da banda Quinteto Violado, um dos primeiros a chegar ao velório de Naná, lamentou o falecimento do colega.

“A gente se conheceu nos anos 60. Tínhamos um quarteto vocal chamado O Bossa Norte. Naná era uma pessoa muito querida, muito amiga. Eu assumi o Quinteto e ele a vida dele. Eu tinha muito carinho por ele e era um talento muito grande”.

*G1 Pernambuco

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