Entre dejetos e omissões, moradores clamam por saneamento e saúde.
Blog do Eloilton Cajuhy
A situação vivida por moradores do bairro Alto do Cigano, especialmente nas proximidades da Escola Raio de Sol e do Posto de Saúde, revela um cenário alarmante de negligência ambiental e descumprimento das políticas de saúde e saneamento básico por parte do município.
A ausência de ações regulares de limpeza e desobstrução do canal, que carece de estrutura adequada, resulta no acúmulo de resíduos sólidos, gerando mau cheiro, proliferação de mosquitos e a presença de decompositores, como urubus.
Embora as chuvas possam temporariamente “limpar” o esgoto, a falta de manutenção adequada leva a um ciclo contínuo de problemas após cada precipitação. Depender exclusivamente da natureza para resolver questões de saneamento não é viável, e a comunidade local sofre as consequências, tornando-se ainda mais vulnerável diante das fortes correntezas.
A implementação do esgotamento sanitário nos últimos meses não parece ser suficiente para resolver a crise de saneamento básico enfrentada pelos moradores do bairro. Os contatos realizados com a Prefeitura não resultaram em soluções, evidenciando a falta de ação administrativa perante a gravidade da situação. A abertura de um expediente no Ministério Público da Bahia para apuração dos fatos ressalta a gravidade do problema, que afeta diretamente idosos, crianças, trabalhadores e enfermos na comunidade.
A omissão do poder público não apenas expõe os moradores a riscos iminentes devido à falta de estrutura do canal, mas também os submete a condições desumanas e violações ambientais. A comunidade, especialmente os residentes do Alto do Cigano, enfrenta um desequilíbrio ambiental extremo que exige ação imediata.
Moradores pedem que a prefeitura deixe de justificar sua ausência com argumentos de falta de recursos e orçamento, pois a situação demanda priorização do interesse popular e da comunidade, sugerindo que medidas concretas são necessárias para resolver os problemas enfrentados por todos.
Cansados de esperar por uma ação da prefeitura, moradores elaboraram um documento que foi encaminhado ao governo municipal e ao Ministério Público.
Veja:
