Blog do Eloilton Cajuhy
Na tarde de quarta-feira (13), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Senhor do Bonfim (Sismusb) publicou nota de repúdio após informar que o prefeito Laércio Jr. proibiu o dirigente sindical Raimundo Nonato, diretor de comunicação da entidade com mandato vigente até 2025, de participar de qualquer reunião ou mesa de negociação com a gestão municipal.
Ao afirmar que “pela primeira vez, em 32 anos de história do Sismusb, um gestor municipal promove uma tentativa deliberada de ingerência sobre a entidade sindical”, a nota afirma ainda que o prefeito Laercio Junior “afronta todos os servidores municipais, que legitimamente elegeram a atual diretoria para representá-los”.
Na manhã desta quinta-feira (14), a prefeitura divulgou nota de esclarecimento para refutar a nota do sindicato, “informando que em momento algum a gestão municipal deixou de respeitar a função primordial da entidade de representação da categoria”. O município alega que Raimundo Nonato é um “ex-servidor e que não pertence mais ao quadro de servidores ativos do município”.
Ainda na nota, a prefeitura acusa Nonato de ter se aposentado em 2020 sem comunicar ao município, “se comportando indevidamente como se servidor ativo fosse, gozando, inclusive, de licença sindical”.
O Sismusb, por sua vez, voltou a divulgar nota, também nesta quinta, acusando a Prefeitura Municipal de Senhor do Bonfim de “atacar a liberdade sindical e disseminar na mídia informações falsas ao afirmar que Raimundo Nonato, servidor inativo, não tem legitimidade para representar os servidores públicos”.
O sindicato ressalta que, “de acordo com a constituição federal, art. 8º, inciso VII, ‘o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais. Além disso, a carta magna ainda veda ao poder público a interferência e a intervenção na organização sindical’.
A atitude do município de não permitir a presença de Raimundo Nonato nas reuniões do Sismusb com a administração municipal, foi classificada pela entidade como “antissindical que é veementemente proibida pela nossa legislação”.
*Fotos: Reprodução/Internet