Debatedores defendem ações que promovam a inclusão das pessoas com Síndrome de Down

Da Rádio Câmara, de Brasília, Giovanna Ribeiro

Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência debateu protagonismo das pessoas com síndrome de Down – Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

Um debate (22/10) na Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da Câmara dos Deputados, analisou a importância do protagonismo na educação inclusiva e no mercado de trabalho de todos os indivíduos com Síndrome de Down.

A Síndrome de Down é uma alteração genética que ocorre durante o desenvolvimento do feto. Causada por um erro na divisão celular, as pessoas com a síndrome, em vez de apresentar dois cromossomos no par 21, têm três. Ao todo são 47 cromossomos em suas células ao invés de 46, como a maior parte da população.

Coordenadora do Grupo de Autodefensores da Federação Down, Jéssica Mendes de Figueiredo tem a síndrome. Para ela, as pessoas com Síndrome de Down precisam ser incluídas e ter oportunidades como todos os cidadãos.

“Eu acho que nós, como pessoas com deficiência, nós temos que ter voz até porque nós precisamos ir atrás dos nossos sonhos e a luta é para que a gente seja incluída na sociedade, na escola, nas faculdades”.

Autor do pedido para a realização da audiência, o deputado Fred Costa (Patriota-MG) salientou que a Síndrome de Down não impede o desenvolvimento de habilidades sociais e profissionais e reforçou a luta por visibilidade, autonomia e inclusão dessas pessoas.

“Trabalhar a inserção das pessoas com Síndrome de Down na sociedade através não só da educação, mas também no mercado de trabalho e suas potencialidades. Eu sou uma testemunha disso, tenho uma funcionária praticamente há uma década com Síndrome de Down, que vem não só desenvolvendo a cada ano a olhos vistos, mas também trabalha com toda dignidade, prestando um valoroso serviço”.

Durante a audiência, o diretor do filme e coordenador do projeto Cromossomo 21, Alex Duarte, destacou o papel da educação inclusiva na vida de pessoas com Síndrome de Down.

“A educação inclusiva eu acredito que seja o caminho porque nós estamos falando do direito de estudar e o direito de estudar é para todos. Nós não podemos fazer com que as pessoas com deficiência por nascerem com alguma condição genética sejam separados, porque isso não é inclusão”.

O projeto Cromossomo 21 reúne iniciativas para mobilizar a sociedade sobre o papel das pessoas com deficiência. O projeto, com reconhecimento da Organização das Nações Unidas, contribui em palestras, oficinas para famílias, escolas, profissionais da área e a sociedade em geral. O projeto criou a série “Geração 21”, dando visibilidade para jovens com Síndrome de Down que trilham o caminho da autonomia. A série já alcançou a marca de mais de 2 milhões de visualizações na internet.

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