Vítima será levada para Lajedo, em Pernambuco, ainda nesta sexta-feira. ‘Pedimos que todos se unam às orações’, afirmou arcebispo Dom Murilo

O padre Antônio Alves de Almeida, morto em casa e achado no chão com pés amarrados, está sendo velado na Matriz da Paróquia de São Francisco de Assis, no bairro da Boca do Rio, em Salvador. O corpo vai ser levado para Lajedo, em Pernambuco, onde moram os familiares. Padre Almeida tinha 67 anos, 40 anos de sacerdócio e exercia o Ministério da Esperança, junto ao cemitério Parque Bosque da Paz, em Salvador.
“Manifestamos a seus irmãos e demais parentes, residentes em Pernambuco, a expressão de nossa unidade à sua dor. Agradecemos as manifestações de carinho de todos aqueles que choram sua partida. Pedimos que todos se unam às nossas orações pelo descanso eterno deste sacerdote e amigo”, informou a arquidiocese, em nota assinada por Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil. As próximas celebrações do capelão seriam nos dias 14 e 28 de junho.
O crime aconteceu na Rua Heitor Dias e o corpo foi encontrado por volta das 23h da quarta (10). De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Civil, o corpo do religioso foi achado no chão da residência, com pés amarrados em uma corda de sisal. Segundo a polícia, uma outra corda, feita do mesmo material, estava enrolada no pescoço da vítima. Além disso, uma faca e um tijolo foram encontrados ao lado do corpo. O carro da vítima não foi levado e a casa estava revirada, informou a polícia.
O afilhado da vítima disse que o padre já sofreu uma agressão física parecida ao crime de quarta, informou Mardson Souza. Segundo ele, há cerca de seis anos, Antônio Alves de Almeida foi amarrado e agredido na mesma casa. “Teve um outro ocorrido desse aí há muitos anos atrás. Pela posição dele de padre, achavam que ele tinha dinheiro. Bateram, amarraram ele, esse negócio. No dia seguinte, ele foi prestar queixa na delegacia, mas nunca foram achadas as pessoas que fizeram isso com ele”, disse o jovem, nesta quinta-feira (11).
O afilhado conta que a vítima era reservada e não costumava receber em casa pessoas que não eram de sua confiança. “Eu imagino que para ter acesso à casa dele foram pessoas de confiança, porque ele nunca deixou pessoas estranhas irem para a parte de cima, a não ser pessoas de confiança, do dia a dia dele”.
A morte do Padre Almeida é investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
G1 Salvador, com informações da TV Bahia