RIO 2016 – Futebol olímpico: Onde mora o problema?

                                                                                                                         *Vinícius Hirota

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Foto: Esporte Interativo

O futebol Brasileiro vem passando por momento de reformulação em sua estrutura organizacional, fato este que deriva nos gramados. No entanto, de maneira negativa. A paixão do brasileiro tem deixado de lado a confiança vocacional em assistir jogos da Seleção Brasileira e, em momentos como o que estamos vivendo – Jogos Olímpicos – vale apostar em outras modalidades.

Porém, sabemos que é inevitável, para os telespectadores, não dar aquela passadinha, apertando o botão do controle remoto, para ver como anda o placar! Mas fica a pergunta: o que se passa na cabeça dos jogadores de futebol dessa nova geração?

A análise pode ser feita do ponto de vista técnico, onde a “soma das partes resulta no todo”, ou seja, colocar os elementos de times diferentes, que jogam em países diferentes, com pouco tempo para treinar o conjunto, parece não surtir efeito; no aspecto tático vemos que não existe ligação entre os jogadores do time, a bola parece uma “batata quente” a qual todos querem passar com urgência, pois existe o risco iminente de perder a bola. Sendo assim, o todo nunca irá trabalhar na busca do mesmo objetivo, os passes não se unem, e as oportunidades de chegar ao gol ficam cada vez mais longínquas.

No ponto de vista psicológico e emocional, existe a cobrança centenária carregada nas costas, passando pela comissão técnica e chegando as estrelas em campo, de nunca ter chegado ao lugar mais alto do pódio. Já não sabemos se o importante é jogar bonito, ou se basta somente ganhar, mesmo que de 1 a 0, mas poder reforçar a confiança dos atletas com vitórias.

Parece que ainda estamos em busca de um herói que dentro do gigantesco campo de futebol possa tirar as magoas, limpar as cicatrizes e dar um caminhão de energia, regado de alegria e confiança a Nação Brasileira e ao Esporte “Bretão”.

*Vinícius Hirota é docente do curso de Educação Física da Universidade Presbiteriana Mackenzie e Oficial Técnico Internacional – Comitê Paralímpico Internacional

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