21 DE JANEIRO: Dia Mundial da Religião e Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

O Dia Mundial da Religião  é uma data criada para lembrar os povos do mundo que a religião deve unir e não separar os homens.

dia-mundial-da-religiaoReligião, em seu conceito primitivo, significa reunir novamente o ser humano com o sagrado. As primeiras religiões surgiram ainda na pré-história, milhares de anos A.C. (antes de Cristo).

Entre as mais antigas religiões podemos citar o budismo, o hinduísmo, o xintoísmo e o confucionismo, que ainda consideram a existência de entidades e deuses, enquanto que outras, também antigas, já praticam o monoteísmo, ou seja, a crença na existência de um único Deus, como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. A Índia ainda mantém a condição de possuir a mais antiga das religiões ainda praticadas no mundo atual.

 

Origem do Dia Mundial da Religião

O Dia Mundial da Religião foi criado em 1949, através da Assembleia Espiritual Nacional, criada por Bahá’u’lláh, um árabe nascido no atual Irã, que pretendia que as religiões do mundo se unissem para uma convivência pacífica, embora tivessem dogmas e crenças diferenciadas.

*Calendáriobr

Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

Intolerancia religiosaUma forma de preservar as tradições, idiomas, conhecimentos e valores dos primeiros negros africanos escravizados trazidos para o Brasil, as religiões de matriz africana foram incorporadas à cultura brasileira e se tornaram uma importante característica da identidade nacional. Entretanto, o racismo ainda tenta impedir o culto à ancestralidade negra tornando seus adeptos vítimas recorrentes do preconceito e da intolerância.

Visando coibir outras atitudes discriminatórias e, como um ato em homenagem a Mãe Gilda, símbolo de um dos casos mais marcantes de preconceito religioso no país, em 2007 foi sancionada a Lei nº 11.635 que faz do 21 de janeiro o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data, que é celebrada por todos os praticantes das religiões de matriz africana, serve ainda como reflexão e motivação na busca pela liberdade do culto religioso e combate ao racismo.

O limite da intolerância – Em outubro de 1999 o Brasil testemunhou um dos casos mais drásticos de preconceito contra os religiosos de matriz africana. O jornal Folha Universal estampou em sua capa uma foto da Iyalorixá Gildásia dos Santos e Santos – a Mãe Gilda – trajada com roupas de sacerdotisa para ilustrar uma matéria cujo título era: “Macumbeiros charlatões lesam o bolso e a vida dos clientes”.

A casa da Mãe Gilda foi invadida, seu marido foi agredido verbal e fisicamente, e seu Terreiro foi depredado por evangélicos. Mãe Gilda não suportou os ataques e, após enfartar, faleceu no dia 21 de janeiro de 2000.

*Geledés

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