Mais de 50 cidades estão em situação de emergência por conta da seca na Bahia

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Na contramão desse cenário, por causa das chuvas, o reservatório do Sobradinho, que fica no norte da Bahia, está operando com mais de 70% da capacidade total
Mais de 50 cidades baianas estão com situação de seca ou estiagem declarada — Foto: Reprodução/ TV Bahia

Cinquenta e três cidades baianas tiveram a situação de emergência declarada por conta da seca. A informação foi divulgada pela Defesa Civil do Estado (Sudec). Na contramão desse cenário, por causa das chuvas, o reservatório de Sobradinho, que fica no norte da Bahia, está operando com mais de 70% da capacidade total.

Conforme o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o reservatório baiano opera com 71,2%, e está à frente do reservatório de Tucurí (65,6%), que fica no Pará, e de Serra da Mesa (34,1%), em Goiás.

A situação no norte é positiva porque choveu de forma significativa esse ano, o que ajudou na produção agrícola em parte do norte baiano e também a aumentar o nível do reservatório.

“Em toda a região norte da Bahia, nós tivemos um índice de chuva bastante significativo. Em alguns locais a chuva dobrou o índice. Não só no norte da Bahia, mas em outras partes da Bahia e no Nordeste brasileiro como um todo”, falou Mário Miranda, meteorologista.

Os dados da Defesa Civil apontam que, de janeiro a agosto de 2019, eram 40 municípios da região norte em situação de seca ou estiagem. Agora, são dez. Um agricultor comentou sobre o bom período.

“Deu muita pastagem para os animais, a gente plantou batata, abóbora, milho, feijão de corda”, disse Givaldo Nascimento, agricultor.

Apesar da situação nesse ponto do estado, outras cidades baianas estão com a situação de seca ou com estiagem declarada. As últimas a entrarem na lista foram Campo Alegre de Lourdes e Tanque Novo.

Conforme o Monitor das Secas, a área seca na Bahia saltou de 75,78%, em 2019, para 77,05% neste ano. A situação foi provocada pelo surgimento de uma área de seca fraca no extremo sul do estado, na divisa com o Espírito Santo.

A previsão é que os impactos sejam de curto prazo no litoral sul, e de longo nas outras áreas.

Mesmo com o índice, os agricultores de Mucuri, cidade do extremo sul, dizem que estão vivendo uma situação atípica após as chuvas. A diferença pode ser explicada por um tipo de distorção, que está sendo corrigida.

“Além dos elementos quantitativos, meteorológicos, vamos colocar validadores regionais, onde, recebendo o resultado desse monitor que valide nas suas determinadas regiões e aquele resultado continua válido, para evitar distorções”, falou Eduardo Topázio, diretor de Recursos Hídricos do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídrico (Inema).

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