Carros que saíram de linha no Brasil, mas continuam nos nossos corações

FONTE: Desafio Mundial

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O brasileiro adora seus carros, e todo mundo tem um que marcou a sua vida. Principalmente quando era seguro e as condições das estradas eram melhores, todo mundo fazia ao menos uma viagem longa e inesquecível na vida, mesmo com a reserva de mercado que transformou nossa indústria numa das mais obsoletas do planeta. Vamos acompanhar a seguir alguns carros – uns antigos e outros nem tanto – que marcaram nossas vidas, mas já não são mais fabricados.

Fiat 147

Foto: Reprodução/Wikipédia

Primeiro carro produzido pela FIAT do Brasil que inaugurava sua fábrica em Betim (MG) em 1976, o 147 foi um divisor de águas no mercado automobilístico nacional. O excelente aproveitamento de espaço interno, a imbatível economia (importantíssima em tempos de crise do petróleo) e até então inédita estabilidade, fez dele um carro que definitivamente entrou para história e mudou para sempre o jeito de se fazer automóvel no Brasil. No início odiado por conta de seu câmbio, passou a ser amado por colecionadores.

Jipe

Foto: by Ian Forsyth/Getty Images

Ah que saudade! Parte integrante da história americana, o jipe pode ser encontrado também aqui no Brasil, onde foi lançado em 26 de abril de 1952 com a fundação da Willys Overland do Brasil, nacionalizado em 24 de fevereiro de 1954 e produzido até março de 1983, inicialmente pela Willys Overland do Brasil e depois pela Ford, que adquiriu o controle majoritário das ações da Willys em 09 de outubro de 1967.

Kombi

Foto: by Peter Steffen/picture alliance via Getty Images

Lançada com o nome de Kombinationsfahrzeug, a Kombi tinha uma missão bastante parecida com a do seu irmão menor, o Fusca, oferecendo uma opção simples e barata para o transporte de cargas e para o lazer. Ícone da cultura alternativa e precursora da história das exportações da VW do Brasil, a Kombi se destacava pela mecânica simples e barata, o preço baixo e a robustez. Parou de ser fabricada somente em 2013, com uma série especial que remetia aos modelos mais luxuosos do passado.

Fusca

Foto: credit should read Alexander Klein/AFP/Getty Images

Como não amar esse carrinho? Em determinado momento, chegou a compor 70% da frota nacional e todo brasileiro aprendia a dirigir em um. Difícil deixar de fora dessa lista aquele que por muitos anos foi o automóvel mais fabricado e mais vendido em todo o planeta. Em 1972 já haviam sido produzidas mais de 15 milhões de unidades, batendo o recorde que até então era mantido pelo Ford T. Em 1996 ele encerrou suas atividades por aqui e deixou para trás uma multidão de fãs que até hoje o idolatra e conserva viva sua memória.

Opala

Foto: Reprodução/Wikipédia

Com nome oriundo da fusão entre Opel e Impala, o Opala teve diversas versões aqui nas terras brasileiras, totalizando quase um milhão de unidades vendidas ao longo de sua trajetória. Todo mundo tem um tio dono de um Opala! Produzido desde 1968, sempre foi um carro para os mais abastados e um sonho de consumo, já que era um dos carros mais potentes do fechadíssimo e atrasado mercado brasileiro da época. Parou de ser produzido em 1992, pois não conseguiu competir com os importados quando a reserva de mercado foi extinta.

Rural

Foto: Reprodução/OLX

12 anos após seu lançamento nos EUA, o utilitário desembarcou aqui em terras brasileiras para ser produzido por 19 anos com mais de 180 mil unidades fabricadas. Seu principal competidor era a Chevrolet Veraneio e eram as preferidas para longas viagens. Nos dias de hoje, está mais fácil encontrar uma Rural andando por aí do que sua adversária, isso porque foi muito utilizada no campo e lá o povo não troca de carro a cada temporada.

Uno

Foto: Reprodução/Wikipédia

Em 1984, o Fiat Uno foi lançado no Brasil com o objetivo de suceder o Fiat 147, Como este último ficou marcado por problemas no câmbio, o início do sucesso do Uno, se deu apenas em agosto de 1990, quando motores até 1000 cm³ tiveram alíquota de IPI reduzida de 40% para 20% pelo governo, o que levou a marca a apresentar, em apenas 60 dias, a versão 1 L do carro. Era o Fiat Mille, versão mais despojada do então modelo de entrada, a versão S. Essa versão foi responsável pela popularização do automóvel. O Mille virou referência de mercado para os modelos populares.

Maverick

Foto: Reprodução/Wikipédia

O Ford Maverick, para o mercado brasileiro, era confortável, espaçoso, luxuoso e potente, mas era considerado nos EUA como um modelo pequeno, fraco e barato. O carro foi lançado no Brasil em todas as versões, duas e quatro portas e motores de 4, 6 e oito cilindros, sendo este último ainda hoje objeto de desejo de muitos. Nos EUA, logo no primeiro ano de vida, ele vendeu mais de 579.000 unidades – 5.000 a mais do que o Mustang.

Corsa

Foto: Reprodução/Wikipédia

Como esquecer a sensação que esse redondinho causou no seu lançamento? O Chevrolet Corsa foi lançado no país em 10 de janeiro de 1994, com as formas da 2ª geração do Opel Corsa alemão. O modelo veio para cá com a importante missão de substituir o Chevrolet Chevette, o que conseguiu com muito mais sucesso do que o esperado, pois no segundo ano de sua produção já era líder de mercado em seu segmento. Na época, foi uma inovação no segmento dos carros pequenos, pois trouxe um projeto moderno, com linhas arredondadas e acréscimos em termos de segurança e mecânica. Na versão Wind 1.0 foi o primeiro carro popular com injeção eletrônica de combustível.

Corcel

Foto: Reprodução/Wikipédia

Quando a Ford adquiriu o controle acionário da Willys Overland do Brasil em 1967, essa última estava desenvolvendo um projeto em parceria com a Renault, o projeto “M”. Esse projeto deu origem ao Renault 12 na França e, com uma carroceria diferente, ao Corcel no Brasil. Lançado inicialmente como um sedã 4 portas e a seguir como um coupé, em 1969, o carro foi bem aceito quando de sua estreia em 1968. O espaço interno e o acabamento chamavam a atenção, e as inovações mecânicas eram muitas.

Puma GT

Foto: Reprodução/Wikipédia

Dodge Dart

Foto: Reprodução/Wikipédia

O Dodge Dart foi introduzido como um carro grande em 1960; em 1962 tornou-se um carro de tamanho médio e, finalmente, foi produzido em versão compacta entre 1963 e 1976. No Brasil, o primeiro modelo saiu somente na versão Sedan, ou seja, modelo 4 portas (o coupé saiu em 1971) sendo que nesse mesmo ano foi eleito o carro do ano, segundo a Revista Autoesporte – principal publicação especializada da época e nadava de braçada no mar de fuscas da época.

Monza

Poucos carros marcaram tão forte uma geração quanto o Monza, que foi apelidado de “O queridinho da Classe Média”, já que era difícil adquirir um carro deste porte na década de 80 e este impressionava a todos, sendo eleito o carro daquela década. O modelo brasileiro, foi lançado como um sedan de luxo, já que a Ford tinha o Del Rey. Com o lançamento do Monza, o Del Rey ficou velho da noite para o dia. O Monza, inicialmente lançado como Hatch e alguns meses depois na versão Sedan, era campeão em aerodinâmica e tecnologia, coisa que na época, poucos carros ofereciam. O mais próximo deste, era o Passat.

Ford Escort XR3

Foto: Vauxford/Wikimedia Commons

A versão esportiva XR3 chegou ao Brasil em 1983 e logo se tornou sonho de consumo de toda uma geração. O veículo vinha equipado com motor 1.6 a álcool de 82,9 cv, defletor dianteiro, rodas de liga leve aro 14, aerofólio traseiro, teto solar de vidro, os clássicos faróis de longo alcance e os faróis neblina. Já o interior apresentava bancos esportivos e painel bastante completo. O modelo saiu de linha em 1996. Recentemente uma nova geração do Escort foi lançada na China, com carroceria sedã e uma proposta mais espaçosa. Mas a versão continua bem distante do Brasil.

Passat

Foto: Wikimedia Commons

No Brasil o Passat surgiu em 1974 – um ano depois da versão europeia – mas apenas na versão fastback, nas versões standard e L e com motor 1.5. A sua primeira carroceria no Brasil foi a de 2 portas. Em 1975 foi lançada a versão de 4 portas e as versões LM e LS. Em 1976 foi lançada a de 3 portas assim como a versão 2 portas TS, com motor 1.6 e carburador solex importado da Alemanha. O Passat usou os motores de 4 cilindros em linha longitudinais OHC 1.3 L, 1.5 L, e 1.6 L, a gasolina, também usados no Audi 80. No Brasil foi o pioneiro no uso da correia dentada.

Kadett

Foto: Reprodução/Wikipédia

O Chevrolet Kadett foi um projeto desenvolvido pela alemã Opel e reproduzido no Brasil pela GM, tendo estreado por aqui em 1989. Confortável e potente, o modelo foi um dos esportivos mais famosos e desejados dos anos 90. Qual jovem não sonhava em ter um na garagem? A produção do Kadett foi encerrada em 1998, após 459.068 veículos emplacados, quando abriu espaço para a segunda geração do Chevrolet Astra.

Santana

Divulgação

O Santana foi um sedã médio produzido pela Volkswagen em diversos países. No Brasil, foi lançado em 1984, como uma versão sedã do Passat de segunda geração e tendo o Monza e e Chevrolet Opala como grandes adversários na década de 80. O veículo saiu de cena em 2006, mas deixou uma legião de fãs no Brasil. Atualmente é produzido apenas na China, pela Shangai Volkswagen, como um sedã compacto.

Del Rey

Foto: Reprodução/Wikipédia

Derivado do Corcel e lançado no início dos anos 1980, o Del Rey fez sucesso no Brasil por quase uma década. Durante esse período, o luxuoso sedan médio reinou como um dos mais desejados automóveis do país, vendendo cerca de 350 mil unidades no mercado brasileiro. O Del Rey foi tirado de linha em 1991, quando foi substituído pelo Versailles, mas é até hoje lembrado pelos brasileiros que amam automóveis.

Brasília

Foto: Reprodução/Wikipédia

A Brasília é outro carro até hoje lembrado pelos brasileiros. Com um design 100% nacional, a “perua” de pequeno porte foi lançada pela Volkswagen em 1973, quase junto do Chevette, da General Motors, seu principal concorrente na época. O veículo seguiu sendo produzido até 1982. Em dez anos de vida, foram vendidas 950 mil unidades no Brasil. A Brasília se tornou um carro tão querido no Brasil que chegou a virar música: “Brasília amarela”, do grupo Mamonas Assassinas.

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