Reflexão sobre a criação dos filhos

FONTE: Canção Nova

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Foto Ilustrativa: Irina Cheremisinova by Getty Images

Aprendi o dom da paciência fazendo doce de coco. Dedicando meu tempo àquele doce, parei para refletir o quão trabalhoso era o preparo de quitutes caseiros e deparei-me com uma reflexão de como as vovós, antigamente, aguentavam passar o dia inteiro preparando comidas e quitutes na cozinha.

A lembrança que eu tenho da minha avó é de vê-la na cozinha. Sempre o fogão de lenha aceso, e ela preparando algo. Eram muitos afazeres. Percebi o porquê de ela ser tão paciente. A paciência é um dom maravilhoso que se conquista na prática.

Pais pacientes, filhos pacientes

É verdade que algumas pessoas tendem a ser mais pacientes que as outras. Porém, mesmo assim, até aquelas que têm mais facilidade precisam praticar esse dom. Hoje, tudo se compra de forma muito rápida e fácil. Não temos mais treinado essa virtude, e corremos o grande risco de criarmos filhos que acham que tudo é fácil, que tudo tem que ser na hora, pois, infelizmente, é essa realidade que estamos passando para eles.

Atualmente, existem muitas ferramentas úteis, mas que, em excesso, podem ser um problema. Não podemos terceirizar o tempo com os filhos por aparelhos eletrônicos, como a televisão, o celular. Há muitas crianças que passam o dia inteiro na frente de uma telinha.

O que os pais de antigamente faziam sem televisão, sem celular, e com um número de filhos bem maiores que a média de hoje? Qual será o segredo? Hoje, diz-se muito que filho dá trabalho, que criar filho está ficando caro. Como faziam nossos avós? Eles não tinham recursos.

O que mudou entre as gerações?

Será que, realmente, o problema são os filhos? Será que eles dão trabalho, são caros, ou foi a nossa mentalidade que mudou? Quantos filhos problemáticos e depressivos! E como o suicídio entre os jovens aumentou muito! Será que, na verdade, não são os pais que estão doentes?

Uma geração que não exerceu o dom da paciência está criando outra geração que aprendeu que tudo é na hora, e com isso vai se tornando uma geração doente.

Aprendamos com este tempo que precisamos ficar em casa a refletir sobre isso. Os filhos são reflexos do pai. Talvez seja a hora de procurar os esquecidos idosos, pedir conselhos, conversar com eles. Quanta sabedoria há nos cabelos brancos! Eles, que por vezes são chamados de caretas, têm muito mais a ensinar do que a aprender.

Enviado por: Gislaine Aparecida Evangelista Felisberto Souza, da cidade de Belo Horizonte (MG)

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