Preso em SP, suspeito de estupros já foi eleito vereador na Bahia e concorreu ao cargo de deputado federal

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Após ser localizado pela polícia, 21 mulheres reconheceram Adson Muniz Santos e apontaram terem sido vítimas de abusos praticados por ele

Acusado de estupro, suplente de vereador de Jussiape é preso em São Paulo (Foto: Reprodução TV Bahia)

Preso por suspeita de estuprar e roubar uma mulher nos Jardins, região nobre de São Paulo, Adson Muniz Santos, de 32 anos, já atuou como vereador do município de Jussiape, que fica na Chapada Diamantina, na Bahia, e também já concorreu ao cargo de deputado federal pelo estado em 2014.

O homem, natural de Livramento de Nossa Senhora, na Bahia, foi localizado pela polícia na tarde de quarta-feira (11) e, após a prisão e divulgação de imagens dele, 21 mulheres o reconheceram e apontaram terem sido vítimas de abusos praticados pelo suspeito. Além de se passar por policial, ele também fingia ser produtor de TV para assediar as vítimas.

Adson foi eleito vereador em 2012, em Jussiape, pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB). Em 2016, tentou a reeleição, mas não conseguiu alcançar o número de votos suficientes para permanecer no cargo.

Conforme dados do site DivulgaCand, que apresenta informações detalhadas sobre todos os candidatos nas eleições, apesar de não se eleger no ano passado, Adson se tornou suplente de vereador do município. Em 2014, ele também concorreu ao cargo de deputado federal pela Bahia, pelo PRB, mas, na ocasião, também não foi eleito. O suspeito também já atuou como presidente do partido em Jussiape, segundo consta na certidão de composição partidária divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Adson foi eleito vereador de Jussiape em 2012. (Foto: Reprodução/DivulgaCand)

Crimes

A investigação sobre ele começou após a divulgação de um vídeo nas redes sociais e do boletim de ocorrência feito por uma vítima. As imagens mostram o carro de uma mulher saindo de um supermercado na região dos Jardins. Adson vai em direção ao carro, mostra um objeto para a motorista e faz sinal para que ela encoste. Com o cartão da mulher, ele fez um saque de R$ 1 mil e, em seguida, a estuprou. Segundo a polícia, ele usou uma carteira falsa da Justiça Federal para dizer que era policial. Adson também costumava se passar por diretor de produção com um crachá falso da TV Globo. Ele enganava as mulheres dizendo que as levaria para fazer testes na emissora.

Numa das ocasiões, o criminoso levou uma vítima para um hotel no Centro e a estuprou. Adson também usava uma arma falsa para intimidar as mulheres. A delegada Cristine Nascimento Guedes Costa, da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de São Paulo, disse que “ele é um predador sexual”.

Vítimas

O delegado Marco Antonio de Paula Santos, que também investiga o caso, acredita que Adson agia desde 2012 e costumava abordar as vítimas em aeroportos, clubes e perto de bancos e supermercados. “Ele buscava mulheres com posse e posições sociais mais elevadas, até porque ele agia na região dos Jardins”, disse Marco Antonio de Paula Santos, seccional do Centro.

Foi disfarçado de agente que ele se aproximou de uma mulher de 31 anos na terça (10), perto do Hospital Sírio-Libanês, no Centro. A mulher, que não terá o nome divulgado, contou que levava exames da filha para o centro médico quando o homem a abordou. Agressivo, disse que queria entrar no carro dela para levá-la a uma delegacia.

Outra vítima que reconheceu Adson contou que o homem se passou por diretor de produção da Globo há cinco meses. Ele mostrou um crachá falso e convidou a levá-la para um hotel para tirar fotos dela nua. A mulher recusou.

A Polícia Civil orienta que qualquer pessoa que desconfiar de uma abordagem questione o motivo da ação. Em caso de suspeita, deve ligar para o número 190.

*Por G1 BA

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