No finalzinho de 2020, morreu de Covid-19 o Compositor mexicano Armando Manzanero

FONTE: Estado de Minas

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O compositor mexicano Armando Manzanero, ícone do bolero, faleceu aos 86 anos, no dia 28 de dezembro de 2020, no hospital onde se encontrava internado em estado grave com covid-19 – anunciou o presidente Andrés Manuel López Obrador.

Manzanero morreu às 03h20 locais (06h20 de Brasília) de uma parada cardíaca, onze dias depois de ser hospitalizado por complicações derivadas do vírus.

“É algo muito triste, Don Armando Manzanero, um grande compositor, do melhor do país, além de um homem sensível também no social. Lamento muito seu falecimento”, disse o presidente, em sua habitual entrevista coletiva matinal.

Depois de exibir um vídeo de Manzanero interpretando “Adoro”, López Obrador antecipou o fim da coletiva, visivelmente emocionado.

O prolífico compositor faleceu de uma parada cardíaca na madrugada da segunda-feira, após ter sido internado por covid-19, confirmou seu agente à AFP.

Instituições culturais mexicanas, o sindicato das artes hispânicas e a classe política também lamentaram a saída do compositor de peças icônicas da música romântica como “Somos novios” ou “Esta tarde vi llover”.

“Suas canções são uma parte definitiva da educação sentimental dos mexicanos. Generosas e sorridentes, sempre comprometidas com a cultura. Muito obrigada”, escreveu a ministra da Cultura, Alejandra Frausto, no Twitter.

Artistas hispano-americanos de todas as latitudes, desde o nova-iorquino de Porto Rico, Marc Anthony, os espanhóis Raphael e Alejandro Sanz ao argentino Fito Páez e o colombiano Carlos Vives lamentaram sua morte e celebraram seu legado artístico, concordando em qualificá-lo como “professor”.

“Armando Manzanero (…) um grande amigo da Academia nos deixou. Celebramos sua vida e obra. Perda irreparável para o mundo da música latina”, tuitou, por sua vez, a Academia Latina da Gravação, que premia os prêmios Grammy Latino.

Prolífico compositor

O artista foi internado em 17 de dezembro, após testar positivo para o novo coronavírus e apresentar tosse e baixa oxigenação. Seis dias depois, foi intubado para receber suporte de ventilação mecânica “com pleno consentimento”, ainda conforme seus agentes.

A notícia do óbito foi inesperada. No domingo, sua assessoria de imprensa informou que o quadro de saúde do músico avançava favoravelmente e que os médicos se preparavam, inclusive, para desentubá-lo.

Recentemente, o bolerista foi homenageado, presencialmente, pelo governo de seu estado natal, Yucatán (leste), com a abertura de um museu dedicado a sua vida e obra.

Ao retornar para a Cidade do México, Manzanero começou a apresentar tosse, de acordo com sua esposa, Laura Elena Villa, citada pelo jornal El Universal.

Manzanero era um dos compositores mais emblemáticos da música mexicana contemporânea, criador de “Somos novios” e “Contigo aprendí”, interpretados por ele e por vários artistas, como Luis Miguel e Alejandro Fernández.

Manzanero é amplamente conhecido na América Latina. Em 2014, tornou-se o primeiro mexicano a receber um Prêmio Grammy honorário por sua trajetória.

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