Exame confirma que babá presa dopou criança de 3 anos com Rivotril

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Letícia Diz Ramos Queiroz Leoni foi indiciada por tentativa de homicídio pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente de Minas Gerais

Paolla Serra/Época

Advogada Letícia Diz Ramos Queiroz Leoni, de 43 anos, que está presa temporariamente (Foto: Reprodução)

Relatórios do atendimento médico de uma criança, de 3 anos, comprovaram sua intoxicação por Clonazepan, o princípio ativo do Rivotril — remédio usado por adultos no tratamento de ansiedade, convulsão e epilepsia. A menina teria sido dopada por sua babá, Letícia Diz Ramos Queiroz Leoni, de 43 anos, que está presa temporariamente acusada de tentativa de homicídio.

De acordo com a delegada Renata Ribeiro, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente de Minas Gerais, a mãe da vítima contratou Leoni há cerca de dois meses para trabalhar como folguista, nos fins de semana, na casa da família. Ela teria notado que a filha estaria demonstrando sonolência, dentre outros sintomas.

Os remédios apreendidos na casa da babá (Foto: Reprodução)

“Em uma das ocasiões, a mãe da criança flagrou a babá colocando o Clonazepan em um suco. Questionada, ela teria dito que se tratava apenas de um fitoterápico para acalmar a menina”, contou a delegada. A mulher então acionou o Samu e levou a menina para o hospital, onde ela ficou internada por dois dias.

“O uso desse e de outros remédios psiquiátricos poderia ter causado danos irreversíveis a criança, levando até mesmo a sua morte. Nosso apelo, então, é para que as pessoas tenham cuidado ao contratar profissionais para cuidar de nossos bens mais preciosos — os filhos”, alertou a delegada.

A chefe da Divisão Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente, Elenice Cristine Batista, e a delegada Renata Ribeiro (Foto: Divulgação)

Leoni é bacharel em Direito, fala dois idiomas e tem antecedentes criminais por furto a estabelecimentos comerciais. Na casa dela, foram encontrados diversos medicamentos de uso restito. Em depoimento, ela negou todas as acusações e disse que os remédios são para uso próprio.

“Solicitamos ao aplicativo que intermediou a contratação [da babá] todos os possíveis contatos que a investigada possa ter feito com outras famílias, e vamos verificar se outras crianças que estiveram sob os cuidados dela não foram intoxicadas também”, informou a também delegada Elenice Cristine Batista Ferreira, chefe da Divisão Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente.

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