ESPORTES: “Sempre foi determinado”, diz ex-presidente do Juazeiro sobre recordista Daniel Alves

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Foto: Divulgação / PSG

A semana não terminou bem para o lateral-direito Daniel Alves. Apesar do corte confirmado na sexta-feira (11) para a que seria sua última Copa do Mundo, o baiano se tornou o jogador com o maior número de títulos conquistados da história do futebol. Na última terça (8), o Paris Saint-Germain bateu o modesto Les Herbiers, da terceira divisão, por 2 a 0, na decisão da Copa da França. Daniel esteve em campo até os 36 minutos do segundo tempo da partida e ultrapassou nada menos do que o rei Pelé. Aos 35 anos, ele levantou o 38º troféu da carreira. O primeiro título foi vestindo a camisa do Bahia na Copa do Nordeste de 2002. No Sevilla, no período entre 2003 e 2008, foram cinco conquistas.

Foto: Miguel Ruiz / Barcelona

A época mais vitoriosa foi no Barcelona, onde atuou de 2008 a 2016, sendo campeão 23 vezes. Da Espanha, ele foi para a Itália defender a Juventus apenas na temporada 2016/2017 em que colocou os troféus da Copa da Itália e Campeonato Italiano na estante. No PSG, além da Copa da França, ele tá tinha vencido a Supercopa do país, Copa da Liga da França e o Campeonato Francês.

Pela Seleção Brasileiro, o baiano soltou o grito de campeão em duas Copas das Confederações e um em Copa América. As portas do futebol foram abertas pelo time do Juazeiro. Presidente do clube na época, Carlos Humberto disse em entrevista ao Bahia Notícias que Daniel Alves sempre se destacou. “Ele era diferente. O treinador Caboclinho, que já faleceu, o trouxe de Salitre para cá e disse: ‘É filho de seu Domingos. Ele é muito bom’. Todo mundo apostava nele. Quando ele começou a treinar no meio da turma, quem entendia de futebol, via que ele realmente era diferenciado. Mesmo ele sendo o mais mirrado do grupo, porque ele era magrinho, cabeçudo, sempre foi titular. E [o treinador do time na época] José Carlos Queiroz botou o olho e disse: ‘O cara é esse!‘”, lembrou.

Zé Queiroz foi preparador físico do Bahia por um longo tempo e quem indicou Daniel ao Tricolor baiano. O ex-mandatário do Juazeiro também falou que Daniel sempre foi determinado desde os 15 anos de idade. “Ele era um menino de 15 anos, mas sempre foi determinado que queria vencer. Ele nunca faltava treino no Juazeiro. No popular, ele era aquele que puxava a fila, porque ele tinha um objetivo, toda a vida ele foi determinado“.

Foto: Agência CH

A trajetória de Daniel Alves no Juazeiro durou pouco. Segundo Carlos Humberto, o garoto ficou no clube por, no máximo, dois anos. “Ele fez apenas três jogos pelo Juazeiro. Logo em seguida o Bahia levou alguns jogadores aqui do Juazeiro e Daniel foi de contrapeso“. Carlos Humberto contou sobre o negócio. “O Bahia queria mesmo era Lucas. Não sei precisar se foram três jogadores, mas Daniel foi de contrapeso. Ninguém imaginou que o menino de 15 anos seria indicado, mas Queiroz disse: ‘Manda ele com a turma’. Ele não era o objetivo do Bahia, mas foi ele que deu certo“, relembrou.

Na época, Lucas era a grande promessa. A gente chamava de novo Ronaldo, porque era um atacante esplendoroso. Só que Lucas se perdeu pelas armadilhas da vida. Não se envolveu com droga, mas com bebida e outras facilidades da vida. Enquanto Daniel passou ao largo disso tudo. Ele sempre teve um objetivo na vida que era ser jogador de futebol e hoje está aí“, completou.

Segundo Carlos Humberto, o jovem deixou o clube pelo valor estipulado em R$ 10 mil, para ser pago ao final do empréstimo. Porém, o Bahia comprou o jogador antes do término do prazo.

Reprodução

*Bahia Notícias

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