Especialistas apontam falta de políticas públicas para combate à pedofilia na Internet

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A Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara realizou audiência pública (nesta quinta-feira, 14) para discutir o uso das redes sociais para pedofilia e crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

Agentes públicos e psicólogos concordam que a prevenção é o melhor caminho e lamentam a falta de políticas públicas consistentes para o enfrentamento do problema.

A representante do Conanda, Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Iolete Ribeiro, destacou que o mais importante em relação a esse tipo de crime é focar na prevenção.

“A única abordagem que a gente tem nas políticas públicas é a abordagem para quando a criança já foi vítima da violência, para se fazer a apuração e a responsabilização penal e minimamente oferecer algum acompanhamento para essa criança.”

O representante da ONG SaferNet, Tiago Tavares, destacou a importância da denúncia da população para que os órgãos públicos possam atuar no combate à exploração sexual de crianças e adolescentes pela Internet. Mas ele reclama da falta de aparelhamento dos órgãos responsáveis para lidar com esses crimes, que precisam de solução rápida.

“São crimes gravíssimos, mas que nunca foram considerados como uma prioridade no Estado brasileiro. Então, esse é um problema crônico que se arrasta há décadas.”

Para o deputado Roberto Alves, do PRB de São Paulo, é preciso informar os pais dos perigos existentes na Internet, alertando para a necessidade de se monitorar crianças.

“Então vamos começar desde criancinhas a educar seus filhos e conscientizá-los para que eles não fiquem se expondo no Internet para pessoas que eles não conhecem.”

O representante da Polícia Federal Pabro Barcelos alertou para o fato de que o mau uso da Internet é um problema que precisa ser acompanhado por toda a sociedade.

Já o representante da OAB, Joel Gomes, reclamou da falta de recursos para políticas públicas de enfrentamento do problema, o que, segundo ele, faz com que o poder público fique sempre um passo atrás da atuação dos pedófilos e exploradores sexuais.

*Reportagem – Karla Alessandra/Rádio Câmara

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