Critério para escolher uma vacina é a ciência, e não nacionalidade, diz OMS

FONTE: Por Bianca Rothier, TV Globo

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Declaração foi dada após questionamento sobre a decisão de Bolsonaro de cancelar acordo de compra da CoronaVac, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan
Margaret Harris, porta-voz da OMS — Foto: Reprodução/OMS

A Organização Mundial da Saúde escolhe as vacinas que apoia com base em critérios científicos, e não pela nacionalidade da empresa que as desenvolvem, disse nesta sexta-feira (23) Margaret Harris, porta-voz da entidade, ao ser questionada sobre a decisão de Jair Bolsonaro de não comprar vacinas chinesas.

“Nós escolhemos a ciência. [A questão] não é a respeito da nacionalidade, e essa é a beleza de ser multilateral, esse é o ponto da ONU. Nós escolhemos a ciência e deveremos escolher a melhor vacina. E como se sabe, não vamos apoiar nenhuma vacina até que seja provado que ela teve o mais alto padrão de segurança e o nível certo de eficácia”.

No começo desta semana, o Ministério da Saúde anunciou um protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan.

Na quarta-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que ordenou o cancelamento do acordo.

Politização da vacina

Em entrevista, a vice-diretora-geral da OMS, Mariângela Simão, disse que das 10 vacinas em estados avançados de pesquisa, 4 são chinesas, uma é russa e cinco outras são de multinacionais.

“O Brasil tem condições de avaliar, por meio da Anvisa, porque uma vacina não pode entrar no mercado antes de terminar a fase 3”, disse ela.

“Hoje o mundo depende de muitos produtos farmacêuticos que são oriundos da China: muitos dos princípios ativos farmacêuticos, boa parte das plantas, das fábricas de produção, por exemplo, antibióticos são chinesas, vêm da China”.

Há politização em torno do tratamento da Covid-19, mas o importante, segundo a vice-diretora-geral da OMS, é que a autoridade sanitária (no caso brasileiro, a Anvisa), esteja atenta.

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